Por Que Não Colocar Silicone? Riscos e Possíveis Complicações Explicados
Introdução
O implante de silicone mamário é um dos procedimentos de cirurgia plástica mais populares para aumento, reconstrução ou correção do formato das mamas. Mesmo com seu histórico de segurança e resultados estéticos satisfatórios, é fundamental que as pacientes estejam cientes dos riscos e possíveis complicações associadas.
Este artigo aborda de forma detalhada os principais riscos do implante de silicone, suas causas, formas de prevenção e condutas recomendadas caso ocorram.
Entendendo o Implante de Silicone
As próteses podem variar quanto à superfície (lisa ou texturizada), tipo de gel (coesivo ou não coesivo) e formato (redondo ou anatômico). A cirurgia é geralmente realizada sob anestesia, empregando técnicas que variam conforme o objetivo estético e características da paciente.
Conhecer esses aspectos é essencial para avaliar os riscos envolvidos e tomar decisões informadas em conjunto com o cirurgião plástico.
Riscos Gerais da Cirurgia
Além dos riscos específicos do implante, toda cirurgia plástica envolve riscos inerentes:
- Reação alérgica a anestésicos ou medicamentos;
- Infecção, mesmo que rara;
- Trombose venosa profunda e embolia pulmonar devido à imobilidade;
- Sangramento e hematomas que podem exigir drenagem;
- Complicações cardiovasculares ou respiratórias em casos específicos.
Complicações Específicas do Implante
Contratura Capsular
Trata-se da formação excessiva de tecido cicatricial em torno do implante que pode endurecer a mama, causar dor e modificar seu formato. Pode ser causada por infecção subclínica, hematomas ou resposta inflamatória ao implante.
O tratamento varia desde massagens e medicamentos a cirurgia de troca ou retirada do implante.
Ruptura do Implante
Décorrente do desgaste natural, traumas ou falhas do material, pode ser intracapsular (gel retido) ou extracapsular (gel vazando), esta última podendo causar reação inflamatória.
O diagnóstico exige exames como ultrassonografia e ressonância magnética, e o tratamento é a substituição do implante.
Infecção Local
Ocorre geralmente nos primeiros dias ou semanas, com sintomas como vermelhidão, inchaço, dor progressiva e febre. É tratada com antibióticos e, se grave, pode requerer remoção temporária da prótese.
Seroma
Acúmulo de líquido que pode causar desconforto e deformidade, tratado com aspiração ou intervenção cirúrgica se persistente.
Alterações na Sensibilidade
Alterações temporárias ou, em casos excepcionais, permanentes na sensibilidade da mama e aréola devido à manipulação nervosa durante a cirurgia.
Assimetrias e Imperfeições
Pequenas diferenças entre as mamas ou irregularidades são possíveis devido a anatomia prévia, técnica cirúrgica e processo de cicatrização individual.
Outras Possíveis Complicações
- Hematomas extensos;
- Necrose rara da pele ou tecido;
- Reação alérgica ao material do implante (muito incomum);
- Deslocamento ou rotação da prótese.
Fatores que Aumentam os Riscos
- Tabagismo, que prejudica a cicatrização;
- Diabetes descontrolada;
- Obesidade;
- Maus critérios na escolha do implante ou técnica cirúrgica;
- Falta de acompanhamento pós-operatório adequado.
Como Minimizar os Riscos
- Buscar cirurgião plástico qualificado e registrado na Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica;
- Realizar avaliação clínica e exames completos;
- Observar as orientações pré e pós-operatórias rigorosamente;
- Manter hábitos saudáveis, evitar fumar e controlar doenças crônicas;
- Comparecer a consultas de acompanhamento regularmente.
Quando Procurar Ajuda Médica
- Dor intensa e progressiva;
- Aumento rápido de volume, vermelhidão ou calor local;
- Febre acima de 38ºC;
- Mudanças drásticas no formato ou posição da mama;
- Sangramentos ou secreções na incisão.
Considerações Finais
O implante de silicone é um procedimento seguro e eficaz quando realizado com responsabilidade e por profissionais qualificados. Conhecer os riscos e manter um acompanhamento cuidadoso ajuda a garantir que a experiência seja positiva e que eventuais complicações sejam precocemente tratadas.
Se você está considerando esse procedimento, converse abertamente com seu cirurgião plástico para entender todas as etapas e tomar decisões conscientes.
Sobre o Dr Luiz Fernando Garcia
Dr Luiz Fernando Garcia, natural de Araçatuba (SP), formou-se em Medicina pela UNIRIO e possui residência em Cirurgia Geral e Cirurgia Plástica nos hospitais Orêncio de Freitas e Hospital de Força Aérea do Galeão, no Rio de Janeiro. Título de Especialista conferido pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP). Sua experiência inclui atuação em centros de tratamento de queimados e foco atual em cirurgias de mama e abdômen.
Referência na região, Dr Luiz Fernando integra tecnologia de ponta como Funil Keller, cola cirúrgica e fios absorvíveis em seus procedimentos, promovendo recuperação rápida, segurança e resultados naturais para suas pacientes, aliado a um atendimento humanizado e individualizado em sua clínica em Araçatuba.